São inúmeros os trabalhos e artistas que fazem uso da gravura. Coloco aqui dois muito especiais de Escher feitos em Lithogravura, um dos processos que deu início impressão gráfica em offset e que possibilita um tratamento quase como um desenho a grafite. Na realidade é feito um desenho sobre uma pedra especial (uma matriz) que passa por um processo de fixação e após ser entintada é prensada e as cópias são obtidas. Dentro das minhas características de trabalho, é uma técnica que me dá bastante resultado, apesar de ser muito trabalhosa e depender de material muito específico para o trabalho. Meu primeiro trabalho na Lithogravura foi essa frente de um MG TC que fotografei em São Paulo. Foi impresso em papel Canson com 31,5 x 21,5 numa tiragem de 8 cópias que não serão mais reproduzidas pois a matriz foi novamente preparada para um novo desenho. A menos que se guarde a matriz ou se tenha um bom estoque dessas raríssimas pedras, as lithogravuras são geralmente limitadas a uma única tiragem.
No trabalho Fangio 1, é possível visualizar os traços da madeira deixados na impressão. Essa é uma das características da Xilogravura que tem uma matriz de madeira trabalhada com goivas e depois entintada com tinta gráfica para então ser levada à prensa de onde sairão as cópias. A impressão de Fangio 1 foi feita em tiragem de 10 cópias, utilizando papel japonês no formato 37 x 29 cm.
Meu objetivo com a Gravura em Metal é pesquisar as possibilidades da foto-impressão para gravar a chapa matriz, utilizando um desenho a grafite como original. Já tenho uma primeira experiência a ser feita com o DKW Malzoni feito em grafite HB e 4B. Vamos aguardar os resultados.