ONCE

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O VULCÃO NA CASA DO TIBÚRCIO


Peguei a bicicleta e subi para o alto, na praça com as árvores cortadas. De lá pude ver o início de tudo. Achei que fosse no quintal da casa onde morava o Tibúrcio. O vento era forte e o cheiro asfixiava, fechava os pulmões. Não parecia que fosse a primeira erupção. Mas era no quintal daquela casa cinsenta mesmo. Começou a sair lava pelas janelas. Tudo estava ficando muito quente. Achei apenas que a cidade não iria durar muito. Na volta ainda olhei para o céu. Queimava como um forno a lenha, assando uma pizza de enxofre. Segui pelo caminho. Já não sabia da bicicleta, nem do Tibúrcio.