Sem a menor cerimônia, sem a menor parcimônia. Vai na serra, faz a volta e vem, trazendo nuvem, trazendo poeira, trazendo seu som de correria. Pipa não fica na linha, tesourinha voa sem sair do lugar. Cabelo arrumado nem pensar. Até peixe quando salta cai em outro lugar. No sombrio da noite, entra pelo telhado a assoviar. É assim o vento na Lapinha, da Serra,
ou em qualquer outro sonhar.
4 comentários:
Realmente é o retrato do vento na Lapinha com a descrição mesmo na Patagônia..
Grande trabalho meu caro amigo.
Abraços... Assis
Não me canso de ler, olhar, reler...
Um dos mais bonitos textos que eu li nas últimas décadas!
Grande abraço, Paulo!
Pois é Assis, esse vento da Patagônia ainda vou conhecer. Conheço um pouco o vento da Babilônia, ali mesmo perto da Canastra, o vento... Será que não seriam os mesmos, o mesmo vento.
Dilce, esse texto veio assim, rápido como o vento, rápido como uma década.
E com ele, com elas, vamos fazendo nossa história.
Abraços.
Fiote
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