Uma dessas tardes que a gente olha pela janela e vê, não somente a tarde, mas o que poderia não existir na tarde, na mesma tarde, no mesmo lugar onde poderia não ser. Tentei ignorar a cidade, os passantes e seus diversos murmúrios. Tentei abstrair qualquer lembrança de que naquele lugar existira um dia, uma cidade. Fechei os olhos e fotografei a tarde. Certo, era um abril que quase já não existe. Fechou.
Um comentário:
Uma vez fui a uma exposição do artista Antonio López García no Museu Reina Sofia em Madrid. "Um lugar que não era" me fez lembrar dessa exposição. Quando abri o blog fiquei em estado de alumbramento. Uma jóia!
Beijo no coração. Cristina Fernandes
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