Dentro dos processos da gravura, a Monotipia resulta em uma cópia apenas, transposta para o papel por intermédio de um suporte entintado e um desenho feito por sobre o papel fixado nesse suporte. É possível fazer esse desenho várias vezes, mas cada uma das cópias vai ter uma imagem diferente, proporcionada pelas diversas incisões do lápis durante a transposição do desenho. Digamos que uma imagem a ser reproduzida na monotipia seja uma foto copiada em xérox. Depois da aplicação de tinta gráfica sobre o suporte (chapa metálica de preferência), apóia-se sobre ele o papel que receberá a imagem e sobre este, o papel que contem a imagem a ser reproduzida. Faz-se então o desenho acompanhando os traços e tons dessa imagem. Pela pressão aplicada, a tinta é transferida do suporte para o papel em uma imagem única. Uma outra vez que o processo for feito, mesmo com a mesma referência, o resultado será diferente. Daí o nome Monotipia. É importante salientar que a imagem referência deve ser trabalhada ao inverso.
Daytona 72 – Monotipia em papel Super White – 29,7 x 21,0 cm, 2009
Daytona 312 PB foi feita primeiramente em Monotipia como um teste da imagem que posteriormente seria trabalhada na Aquarela. O resultado, nos dois casos, dá uma idéia da profundidade nos planos da imagem retirada de uma foto da Ferrari 312 PB de Jacky Ickx durante as 24 Horas de Daytona em 1972.
Daytona 312 PB 0888 ’72 – Aquarela em papel Fabriano 100 % Cotton – 37,0 x 27,0 cm, 2009.
Árvore – Monotipia em papel Super White – 29,7 x 21,0 cm, 2009. O desenho que foi feito no papel de xérox sobre o papel da Monotipia e da placa de metal entintada. O simples contato da chapa com o papel produz uma transposição da tinta nas bordas da linha feita no desenho. Por isso um maior preenchimento na imagem final.
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