Cyril Overdive é artista plástico formado em Londres pela EBAA – Ego British Academy of Arts. Em seus últimos trabalhos a nova tendência de utilização das imagens digitalizadas, agregadas às interferências virtuais não tão virtuosas, mas que exprimem a total falta de tempo que a vida impõe ao artista e ao mundo que cada vez mais fica limitado a um enorme conhecimento sobre cada vez menos assuntos de interesse real à sociedade como um todo. E assim se fazem os mestres, os doutores, os pós-doutores que se aprofundam num grão de trigo (é um pouco maior que o de arroz, ou o de areia) com resultados que só interessaram a eles próprios. Nesse ponto Cyril apresenta duas obras digitais que sofreram um mínimo de interferência, mas que demonstram muito bem o que é o arcabouço teórico no qual a arte está inserida. Talvez as próprias peças sejam reflexos da hipocrisia que a sociedade mergulhou nos últimos cinqüenta anos onde tudo o que se faz é quase nada do que se fala. Esses contrastes e incoerências são facilmente encontrados no dia a dia e ninguém se dá conta deles. Para o artista, “... é próprio da arte, que se sobrepõe a qualquer tipo de veto.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário