Em 1974 resolvi que iria realizar meu grande sonho de me tornar piloto de corridas. Juntei um tanto de dinheiro e comprei, em parceria com um colega da escola, um velho kart Mini com o chassi empenado e os pneus quase na lona. Ah, impressionante o que aquele negócio andava, acelerava, derrapava, enguiçava e gastava, trocado após trocado. Não havia dinheiro que chegasse. Domingo pela manhã era a maior diversão na Cidade Nova. Descia aquele "bólido" apitando o motor a toda (altura do barulho pois velocidade mesmo era quase nada) e um bando de menino correndo atrás para ver até onde ia (um dia parou debaixo do Chevete de um deputado - voou um óculos e um carburador. Nada mais sério). Geralmente tínhamos que pedir resgate pra subir de volta. Uma vez levamos o "monstro" pro Mineirão pra andar na pista do estacionamento. Foi canseira e dor nas costas, óleo de rícino melando as mãos e sempre a vontade de ter um novinho, que acelerasse de verdade, que só as equipes e pilotos patrocinados tinham. Mas fazer o quê? A história foi assim. Hoje ainda acho que deveria ter sido exatamente como foi: assim.
Um comentário:
e vc está pensando que a vida automobilistica é fácil. Tenho uma passagem de uma corrida de Kart na Lagoa no Rio, tb em um estacionamento de um parque de diversões. Estava indo bem entre os três primeiros e apertando o segundo, porque estamos andando todos muito juntos. E para minha azar ou sorte, depende do ponto de vista, quando achei minha mãe assistindo a prova, e corria escondido, me atrapalhei todo e fui fezer um estrago em cima da pneuzada, e deu para assustar mas ficamos bem, eu e o Kart. Era emprestado e o panga aqui, tinha 16 anos...mas foi legal! abs...Sahib=Saloma
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