ONCE

quinta-feira, 3 de março de 2011

NOVOS TRABALHOS NA PAUTA

Agora, terminada a graduação em pintura na Escola de Belas Artes da UFMG, vou partir para o maior conhecimento e aprendizagem na gravura. Serão mais dois anos de ateliê, trabalhando com a Gravura em Metal, a Lithogravura, a Xilogravura e a Serigrafia. Com a gravura é possível conseguir reproduções (cópias) a partir de uma única matriz.

São inúmeros os trabalhos e artistas que fazem uso da gravura. Coloco aqui dois muito especiais de Escher feitos em Lithogravura, um dos processos que deu início impressão gráfica em offset e que possibilita um tratamento quase como um desenho a grafite. Na realidade é feito um desenho sobre uma pedra especial (uma matriz) que passa por um processo de fixação e após ser entintada é prensada e as cópias são obtidas. Dentro das minhas características de trabalho, é uma técnica que me dá bastante resultado, apesar de ser muito trabalhosa e depender de material muito específico para o trabalho. Meu primeiro trabalho na Lithogravura foi essa frente de um MG TC que fotografei em São Paulo. Foi impresso em papel Canson com 31,5 x 21,5 numa tiragem de 8 cópias que não serão mais reproduzidas pois a matriz foi novamente preparada para um novo desenho. A menos que se guarde a matriz ou se tenha um bom estoque dessas raríssimas pedras, as lithogravuras são geralmente limitadas a uma única tiragem.



No trabalho Fangio 1, é possível visualizar os traços da madeira deixados na impressão. Essa é uma das características da Xilogravura que tem uma matriz de madeira trabalhada com goivas e depois entintada com tinta gráfica para então ser levada à prensa de onde sairão as cópias. A impressão de Fangio 1 foi feita em tiragem de 10 cópias, utilizando papel japonês no formato 37 x 29 cm.


Meu objetivo com a Gravura em Metal é pesquisar as possibilidades da foto-impressão para gravar a chapa matriz, utilizando um desenho a grafite como original. Já tenho uma primeira experiência a ser feita com o DKW Malzoni feito em grafite HB e 4B. Vamos aguardar os resultados.

O DESCANSO DO CAVALEIRO


O Cavaleiro vem chegando com sua armadura amassada, trazendo sua lança quebrada pela força do Gigante. Não há batalha sem que se perca, ou se ganhe. O Cavaleiro cansado senta em sua banqueta de madeira talhada, mas antes de retirar a couraça que lhe protegera o corpo, liga o rádio, nas ondas curtas onde tinha aquele assovio na sintonia, para escutar um pouco da música de sua época. E era música mesmo. Assim o Cavaleiro adormeceu. Sonhou: Dulcinéias, Rocinantes, novas batalhas com os Gigantes. Não tinha mais intenção de acordar. Talvez a armadura enferrujasse com o tempo. O Cavaleiro precisava descansar.

CURVA UM FINALIZADA

Já postei aqui o andamento desse trabalho retratando a Lótus 72D com o Emerson Fittipaldi descendo a Curva 1 em Interlagos. O ano de 1972 ficou marcado na história do automobilismo com o primeiro título mundial de Fórmula 1 conseguido por um brasileiro. A Lotus JPS 72 D era um carro revolucionário quando foi lançada em 1970 e com os aperfeiçoamentos, além do título de Fittipaldi, teve vida ativa até 1976.
Essa aquarela iniciei no final de 2009 e foi feita sobre papel Fabriano 100% Cotton com tinta Rembrandt da Talens e viajou um pouco (foi até para cachoeira) até ser finalizada em 2011, 27 X 37 cm.