ONCE

sábado, 11 de agosto de 2007

EXPEDIÇÃO PELO ESPINHAÇO II




Uma das experiências mais interessantes que pude viver. Dá para se ter uma idéia, na prática, como os ilustradores das expedições clássicas elaboravam seus trabalhos. Montei um bloco com uns seis tipos de papéis diferentes para atuar nas diversas possibilidades e circunstâncias que o "train" de caminhada exigiria. No primeiro dia, logo na saída de Ouro Preto, uma tempestade quase derreteu tudo. Bom, mas acabamos rompendo a crista do Espinhaço até Diamantina. Uma série de desenhos e estudos foram feitos, principalmente da paisagem observada, para um trabalho mais detalhado em estúdio. Usei grafite sobre papel super white e atualmente estou trabalhando algumas dessas imagens em aquarela, como é o caso de uma vista do Morro do Frasão próximo a Ouro Preto. Mais tarde decobri um esboço feito pelo Rugendas que tem o mesmo ângulo de observação. Parece até que senti a presença daquele artista ao meu lado. Essa expedição registrou, em ilustração, fotografia e vídeo, toda a situação em que se encontra a crista do Espinhaço. Para saber mais olhe lá no http://www.desafiodoespinhaco.blogspot.com/ .

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

ILUSTRAÇÕES BOTÂNICAS




No início de 2006, saindo um pouco do meu conhecimento e buscando um trabalho na técnica de aquarela, resolvi participar do concurso para a bolsa da Fundação Margaret Mee. Procurei referências de espécies encontradas em Minas Gerais e com a ajuda da Fundação Zoobotânica e da Ong Flor do Cerrado, finalizei uma orquídea endêmica da canga próxima a Congonhas do Campo e de uma árvore de cerrado cuja casca possui propriedades medicinais. Foram mais de trinta dias entre as pesquisas e a finalização das duas pranchas de 50 x 70 cm em papel Fabriano liso 100% cotton. A aquarela que usei variava entre Sakura, Guitar e Winsor & Newton. A bolsa não veio mas a experiência em aquarela me animou a investir em mais papeis e melhores tintas.




EXPEDIÇÃO PELO ESPINHAÇO

Em setembro de 2006 a Expedição Desafio do Espinhaço partiu de Ouro Preto para Diamantina, numa caminhada que durou 23 dias e percorreu 403 km de cristas na Cordilheira do Espinhaço. Fui convidado a participar como ilustrador, nos moldes das antigas expedições que anotaram a fauna e flora brasileiras, registrando espécies ainda desconhecidas para a ciência da época. Hoje os estudos continuam e pudemos ter contato com uma porção pouco explorada e amostrada do Espinhaço: a crista propriamente dita. Durante nossa caminhada pela região do Alto do Palácio - Serra do Cipó/MG, o ornitólogo Marcelo Vasconcelos registrou a vocalização do Macuquinho da Várzea ( Scitalopus iraiensis ), um pequeno pássaro descrito no Paraná que vem ganhando terreno ao norte, já anotado na Serra do Caraça e agora no Cipó. Fizemos essa ilustração a lápis de cor e papel Schoeller Durex, já publicada nas revistas Caminhos da Terra e Sagarana, e veiculada na mídia televisiva que cobriu o transcurso da expedição. Maiores detalhes desse evento podem ser vistos no http://www.desafiodoespinhaco.blogspot.com/

IGREJINHA DO Ó

Durante o tempo em que trabalhei como layoutman e ilustrador na ASA, em Belo Horizonte, vários foram os trabalhos que fiz utilizando o aerógrafo. Essa ilustração da Igrejinha de Nossa Senhora do Ó, em Sabará, foi feita para um cartão de Natal do Instituto Newton Paiva. Além do aerógrafo foram usados alguns traços com pincel e canetinha hidrocor. Isso foi feito em 1987 e como não tinha mais o original, utilizei uma prova do fotolito que foi retocada no Photopaint. O papel utilizado foi o tradicional Schoeller num formato aproximado do A3.

PATO MERGULHÃO

Me lembro bem como comecei essa ilustração: à noite, com uma luz amarelada e num papel comum de xerox. Estava só rabiscando e resolvi fazer um estudo do Pato Mergulhão. O resultado é que ela acabou virando camiseta, adesivo, folder, ímã de geladeira, etc, na campanha de uma Ong em Belo Horizonte, que atua com um projeto de preservação dessa espécie ameaçada de extinção. Além desse simples papel de xerox utilizei minha velha caixa de lápis aquarelados Prismallo II, sem a utilização de água. Os pés em tom avermelhado forte, o bico afilado e serrilhado, e um penacho na nuca são as características básicas para a identificação do Mergus octosetaceus.

AS LARVAS DO JAÚ

Fiz um conjunto de ilustrações para o Prof. Dr. Hugo Godinho, na época no Departamento de Zoologia da PUC-Minas. Elas mostravam o desenvolvimento das larvas do Jaú, um peixe típico do Rio Grande (MG). O trabalho teve acompanhamento técnico científico e retrata as larvas, desde 6 até 224 horas de vida, em intervalos que assinalam suas mudanças e amadurecimento até o estágio no qual o pequeno peixinho (aprox. 24mm) está pronto para crescer. As pranchas foram feitas em papel Schoeller com grafite e lápis de cor Carandache Prismalo II.